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O que é Pegada Ecológica e como diminuí-la?

Atualizado: 16 de fev. de 2023

Cada indivíduo no planeta deixa uma marca no meio ambiente de acordo com seu estilo de vida. Esta marca é conhecida como pegada ecológica e ela pode ser mensurada. Ou seja, é possível calcular a quantidade de recursos naturais que você utiliza para viver.


Após este cálculo, podemos fazer uma análise para verificar se os seus padrões de consumo estão dentro da biocapacidade do planeta. Em outras palavras, conseguimos ponderar se o seu impacto sobre a natureza é positivo ou negativo.


Além de calcular a pegada ecológica individual, também é possível medí-la em níveis regionais, nacionais e até mesmo globais. Infelizmente, de acordo com dados que mostram nossos impactos em níveis mundiais, nós somos um prejuízo ambiental.


Isso porque, nosso nível de consumo é muito superior à capacidade do planeta de se regenerar e absorver todos os resíduos que produzimos. Ou seja, estamos sobrecarregando o meio ambiente e os resultados disso são: escassez de recursos, desequilíbrio ecossistêmico, alterações climáticas, desastres naturais…


Adquirir um modo de vida sustentável é uma das formas mais eficientes das pessoas diminuírem sua pegada ecológica e garantirem um futuro mais saudável e duradouro aqui na terra.


Quer entender mais sobre este conceito, como ele surgiu e qual sua importância? Então, continue a leitura!


Foto: Pegada verde em solo árido. Fonte: Canva Pro.


Pegada ecológica: conceito


Como citamos, a pegada ecológica é o resultado de um cálculo feito para quantificar os recursos naturais que utilizamos para manter nossos padrões de vida. Em resumo, este instrumento nos mostra se o planeta consegue nos “sustentar”, ou se estamos gerando uma pressão maior do que ele consegue suportar.


Inevitavelmente, para a nossa sobrevivência, retiramos da natureza os insumos que servem para suprir nossas necessidades diárias. Os alimentos que consumimos, as roupas que vestimos, os eletrodomésticos que utilizamos, tudo isso vêm da natureza!


Contudo, de acordo com a forma e frequência que realizamos estas retiradas, esses insumos podem se regenerar ou desaparecer. Isso vai depender do alinhamento entre os nossos padrões de consumo e a capacidade ecológica da terra.


A capacidade ecológica, ou biocapacidade, tem a ver com o quanto o planeta pode nos prover de recursos, o tempo que ele leva para renová-los e o período que ele necessita para gerir e absorver os resíduos que produzimos.


Como surgiu este conceito?


Com o crescimento populacional houve um aumento exponencial na demanda por bens de serviço e consumo. Além disso, o modelo econômico do capitalismo contribuiu para a consolidação de uma sociedade extremamente consumista.


O consumismo exagerado, aliado à exploração indiscriminada de recursos naturais, resultou em um desequilíbrio ambiental, que vêm preocupando muitos ambientalistas, cientistas e governantes.


Com o intuito de colocar em números os impactos ambientais gerados pelos seres humanos, dois pesquisadores da Universidade da Colúmbia Britânica (Canadá), William Rees e Mathis Wackernagel, desenvolveram um método para realizar este cálculo.


Na década de 1990, Rees e Wackernagel lançaram um livro chamado Our Ecological Footprint: Reducing Human Impact on the Earth (Nossa pegada ecológica: reduzindo o impacto humano na terra), onde eles apresentam este novo conceito.


Esta obra não só exemplifica a metodologia criada para visualizarmos nossa demanda por recursos naturais, como também fala da importância da sustentabilidade para reduzirmos os prejuízos ambientais.


Como a pegada ecológica é calculada?


Para realizar esta apuração em nível individual são levados em consideração diversos fatores como: tipo de alimentação, periodicidade no consumo de carne, transportes utilizados, classe de eficiência energética dos eletrodomésticos, frequência de viagens, entre muitos outros.


A medida de uma pegada ecológica é representada em hectares globais (gha). Sendo assim, o cálculo nos mostra quantos hectares de superfície produtiva, sejam elas agrárias ou aquáticas, são necessárias para sustentar cada pessoa no planeta.


A Global Footprint Network é uma organização internacional que fornece dados globais sobre o déficit ecológico, a pegada ambiental por pessoa e a biocapacidade do planeta. Todo ano esta organização nos informa sobre o Dia da Sobrecarga da Terra. Ou seja, o dia em que a humanidade utilizou os recursos naturais disponíveis para o ano.


Em 1999, o planeta chegou ao vermelho no dia 29 de setembro. Em 2014, esta data se antecipou e entramos no negativo no dia 19 de agosto. Já em 2021, o Dia da Sobrecarga foi 21 de julho. Como dizem alguns especialistas, estamos entrando no “cheque especial” da natureza cada vez mais rápido e essa dívida está virando uma bola de neve.



Foto: Planeta Terra pede socorro. Fonte: Canva Pro.


Dados da Global Footprint Network


Quando analisamos alguns dados mundiais sobre a pegada ecológica, vemos que a situação é extremamente preocupante. De acordo com a Global Footprint Network, para vivermos de acordo com a biocapacidade do planeta, a pegada ecológica por pessoa deveria ser de 1,6 hectares globais. Mas, não é esta a realidade…


No Brasil, por exemplo, a pegada ecológica por pessoa é de 2,6 gha. Ou seja, utilizamos 62% de recursos a mais do que a natureza suporta. Países como a China, África do Sul, Croácia e Hungria utilizam mais que o dobro. Chocante, não é mesmo? Confira mais alguns dados acerca de países que precisam de vários planetas para se sustentar:


  • Catar = 14,3 hectares globais por pessoa.

  • Luxemburgo = 13,0 gha por pessoa.

  • Canadá, Estados Unidos e Emirados Árabes = 8,1 gha por pessoa.

  • Noruega, Países Baixos e República Tcheca = 5,7 gha por pessoa.

  • Irlanda, Nova Zelândia e Rússia = 5,3 gha por pessoa.

  • Chile, Itália e Suíça = 4,3 gha por pessoa.


Grande parte dos países que possuem uma pegada ecológica menor que 1,6 hectares globais estão localizados na África e no continente Asiátiaco. Veja alguns deles:


  • Ruanda, Paquistão e Moçambique = 0,8 gha por pessoa.

  • Quênia, Etiópia e Somália = 1,0 gha por pessoa.

  • Nepal, Índia e Camarões = 1,2 gha por pessoa.

  • Camboja, Filipinas e Nigéria = 1,5 gha por pessoa.


Qual a importância em calcularmos a pegada ecológica?


Como mitigar um problema sem identificar suas principais fontes? O cálculo da pegada ecológica, seja a nível individual, nacional ou global, nos permite verificar quais os pontos que estão causando mais impactos negativos para o meio ambiente.


Empresas que buscam descobrir sua pegada ecológica são capazes de otimizar processos e adotar práticas sustentáveis que diminuam os prejuízos ambientais. Há também empresas que são regenerativas. Ou seja, além de adotar práticas sustentáveis, elas buscam implementar ações que ajudam a recuperar ecossistemas, sequestrar carbono e restaurar áreas degradadas. (spoiler do tema do nosso próximo artigo)


Além disso, o cálculo da pegada individual também nos auxilia a tomar decisões mais conscientes e inteligentes que geram sim resultados positivos a médio e a longo prazo. Reciclar o lixo, utilizar o transporte público, reutilizar a água, evitar o consumo em excesso, tudo isso faz a diferença nas pegadas que você está marcando no planeta.


E se você deseja deixar sua pegada cada vez mais verde e se tornar um benefício ambiental, então plante árvores sem sair de casa! Ao financiar o plantio de árvores você estará:

  • colaborando para a restauração de áreas degradadas da Amazônia;

  • incentivando o trabalho de agricultores familiares;

  • contribuindo para a garantia de segurança alimentar;

  • auxiliando na manutenção do equilíbrio climático e importantes serviços ecossistêmicos.


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